Se você já foi impedido de utilizar arquivos, sistemas e até funções básicas do seu dispositivo, muito provavelmente sofreu um ataque de Ransomware. Esse tipo de ameaça já é antigo e ainda muito comum em vários setores, em especial ao ramo da saúde, educação e órgãos públicos. Mesmo com o avanço de tecnologias defensivas, a sofisticação dos ataques e a rapidez com que se propagam desafiam empresas, governos e indivíduos ao redor do mundo.
O que é o Ransomware?
Derivado das palavras em inglês ransom (resgate) e software (programa de computador), o ransomware é um tipo de malware malicioso projetado para bloquear o acesso a um sistema ou a seus dados, geralmente por meio de criptografia, exigindo um pagamento para que seu acesso seja restaurado. Após o roubo de dados, a vítima acaba ficando com o seu sistema inacessível e na espera de que o invasor entre em contato exigindo o pagamento do resgate da extorsão.
O começo da ameaça:
O primeiro caso de um ataque de ransomware documentado, foi registrado em 1989 e foi chamado de AIDS Trojan. Naquela época, a Internet não era evoluída como na atualidade, por esse motivo, a extorsão tomou conta de discos de computador infectados, cometido pelo biólogo Joseph L. Popp, que divulgou tais discos infectados aos participantes da conferência internacional sobre a AIDS, alegando ser um questionário que seria utilizado para guiar os usuários a determinar o seu risco de contrair a doença.
Como ocorre o ataque?
1. Infecção inicial:
🔸 Phishing: e-mails maliciosos com anexos ou links infectados, muitas vezes disfarçados de comunicações legítimas.🔸 Sites comprometidos: sites infectados podem conter código malicioso que se instala ao visitar.
🔸 Vulnerabilidades de softwares: exploração de falhas em sistemas operacionais, aplicativos ou dispositivos sem patch (atualização).
🔸Downloads automáticos: alguns sites podem transmitir ransomware para os dispositivos sem que o usuário saiba.
2. Movimentação e criptografia:
Uma vez dentro do sistema, o ransomware se espalha pela rede, procurando arquivos importantes e sistemas críticos.
3. Extorsão:
Os cibercriminosos exigem um bilhete de resgate na tela, exigindo o pagamento para desbloquear os dados.
4. Double Extortion:
Algumas variantes modernas também fazem exfiltração de dados, ameaçando vazar informações caso o pagamento não seja feito (modelo conhecido como double extortion).
Fatos importantes:
🔸 Normalmente, os invasores cobram os resgates em criptomoedas, a exemplo das bitcoins, para não serem identificados.
🔸 Não há garantias de que tudo voltará a normalidade após o pagamento do resgate. Há muitos casos em que, mesmo após as vítimas realizarem o pagamento, os criminosos não forneceram a chave para desbloquear os dados, arquivos e sistemas.
Como evitar perdas por ransomware?
Como já se sabe, efetuar o pagamento pedido pelo resgate, não lhe trará garantias de que seus acessos retornaram à sua normalidade. Por esse motivo, os melhores procedimentos para evitar prejuízos por ataques de ransomware, são:
🔸 Sempre tenha backups: a restauração a partir de backups confiáveis é a forma mais eficaz de recuperação após um ataque. Manter cópias externas, como em nuvem, impede que o ransomware comprometa os arquivos de backup e elimina a dependência do pagamento de resgate.🔸 Mantenha o software corrigido e atualizado: mantenha softwares e sistemas atualizados, contendo o patch mais recente instalado. Novas versões de ransomware são lançadas regularmente e as atualizações de software garantem que seu antimalware reconheça ameaças mais recentes. Entenda mais acessando este link.
🔸 Treine todos os usuários para detectar a ameaça: capacitar usuários a identificar e reportar tentativas de phishing, anexos maliciosos e técnicas de engenharia social reduz significativamente a superfície de ataque. Usuários com privilégios elevados são alvos prioritários — treiná-los é essencial para proteger dados sensíveis e sistemas críticos.
Conclusão
O ransomware é uma das ameaças mais complexas da era digital porque combina engenharia social, falhas tecnológicas e fraquezas humanas. Ele é um desafio estratégico que exige um olhar abrangente sobre governança, cultura de segurança e preparação para crises.
Organizações que investem em prevenção, detecção rápida e resposta eficaz estarão sempre um passo à frente dos cibercriminosos.
Agora, uma pergunta para você: o seu negócio e sua equipe estão prontos para resistir a um ataque de ransonware?